quarta-feira, 3 de setembro de 2014
O que rolou na VMworld 2014??
Na semana passada em São Francisco
(EUA) aconteceu a conferência anual da VMware, a VMworld 2014. Pelos dados revelados
sobre o evento, mais de 22.000 pessoas presentes, de 85 países diferentes,
podemos perceber que a VMware está cada vez mais forte na indústria de TI.
O tema deste ano foi “No
limits”, passando a idéia de que as mudanças são inevitáveis e de que é preciso
coragem para mudar. Umas das frases citadas por Robin Matlock, Chief Marketing
Officer da VMware, foi “change can be either a barrier or an opportunity” (mudanças
podem ser uma barreira ou uma oportunidade), reforçando a ideia de que devemos empurrar as
barreiras e explorar as infinitas possibilidades a fim de expandir nosso conhecimento
e experiência.
Neste ano a VMware reapresentou
a sua estratégia para oferecer aos clientes a possibilidade de construir um
Centro de Dados definido por Software (o famoso SDDC – Software Defined
DataCenter), o que pôde ser percebido através dos principais anúncios feitos no
primeiro dia, durante a sessão geral de abertura. Se você tiver interesse pode
assistir ao vídeo completo no YouTube:
Preparei um post para cada um
dos anúncios que achei mais relevante:
VMworld 2014 - VMware vCloud Air
A até então vCloud Hybrid
Service passou a se chamar VMware vCloud Air.
A VMware vCloud Air é a
plataforma de IAAS da VMware, baseada totalmente no VMware vSphere, e oferece
aos seus clientes a possibilidade de migrar suas cargas de trabalho (VM`s,
aplicações) de uma infraestrutura interna (nuvem privada) para uma infraestrutura
externa (vCloud Air), ou vice-versa, de forma muito mais tranquila, pois
permite usar as mesmas ferramentas que já são utilizadas normalmente.
A vCloud Air está sendo oferecida
em três classes de serviços diferentes:
Dedicated Cloud: classe de serviço que fornece uma nuvem
privada exclusiva com servidores dedicados, tráfego de rede camada 2 isolado,
volumes de armazenamento dedicados, e uma instância para gerenciamento de nuvem
dedicada. A capacidade da infraestrutura pode ser alocada para um único
datacenter virtual ou para múltiplos datacenters, de acordo com a vontade do
cliente.
Virtual Private Cloud: classe de serviço que fornece uma
nuvem privada virtual com recursos isolados logicamente em uma infraestrutura
física compartilhada, configurada como um único datacenter virtual com recursos
de rede.
Disaster Recovery: classe de serviço que fornece uma nuvem
virtual privada, configurada como um datacenter virtual para recuperação de
desastres utilizado para replicação, failover e recuperação de VM’s
remotamente. Assim como na classe de serviço Virtual Private Cloud, nessa
classe os recursos são isolados logicamente em uma infraestrutura física
compartilhada.
VMworld 2014 - EVO:RAIL: appliance para infraestrutura hiperconvergente
Talvez o principal anúncio
feito na VMworld 2014 tenha sido o lançamento da nova plataforma de infrastrutura
hiperconvergente, chamada de EVO.
Para entender melhor o que é
exatamente uma infraestrutura hiperconvergente, vou descrever abaixo como a
forma de construir um data center mudou de alguns anos para cá:
Infraestrutura Customizada (best-of-breed) – Esta é a forma mais
tradicional de se construir um data center. Geralmente as companhias escolhem
os fabricantes que mais lhe agradam em cada uma das áreas (servidores, rede,
armazenamento, segurança e etc...) e faz a interligação entre os seus
componentes. A vantagem deste tipo de arquitetura é que as empresas não ficam
amarradas a um fabricante específico. Mas por outro lado exige uma equipe mais
experiente e com skill em cada uma das soluções.
Infraestrutura Convergente – Esse tipo de solução passou a ser
oferecida por alguns fabricantes com a intenção de minimizar o esforço
necessário para construir uma infraestrutura para um data center. Dessa forma
as empresas passaram a vender uma única solução (que é o caso do Vblock - EMC)
ou um tipo de referência de arquitetura (como o Flexpod - NetApp) que já
integra diversas tecnologias, como servidores, rede, armazenamento e virtualização.
Infraestrutura Hiperconvergente – A última tendência na área de infraestrutura
de TI é a adoção da infraestrutura hiperconvergente. Neste tipo de arquitetura os
fabricantes estão oferecendo todas as soluções necessárias na construção de uma
infraestrutura de TI (servidores, rede, armazenamento, virtualização) em uma
única caixa – geralmente algo em torno de 2U. A diferença é que além das
soluções já citadas, este tipo de infraestrutura também já inclui nessas caixas
soluções de backup, deduplicação, compressão, capacidades de snapshot e etc.
Alguns dos fabricantes com mais destaque nessa área são Nutanix e SimpliVityOmniCube.
É nessa terceira categoria que
a nova família EVO se encaixa. Neste primeiro momento foi anunciado apenas o
primeiro membro da familia, chamado de EVO:RAIL. Posteriormente será lançado um
segundo produto, que será chamado de EVO:RACK.
O que é o EVO:RAIL?
É um appliance de
infraestrutura hiperconvergente (HCIA – Hyper-Converged Infrastructure
Appliance) que combina um software e um hardware com recursos de processamento,
armazenamento e rede e que será oferecido pelos parceiros de hardware da
VMware, que são: EMC, Dell, Fujitsu, Inspu, Net One Systems e SuperMicro.
Componentes de Hardware
Alguns boatos sugeriram que a
VMware também entraria no mercado de hardware, mas isso não se confirmou.
Portanto a aquisição do EVO:RAIL será feita através destes parceiros citados
anteriormente, que farão a venda do appliance juntamente com o software
EVO:RAIL já integrado e também fornecerá todo o suporte de hardware e software
para os clientes.
Cada HCIA (appliance de
infraestrutura hiperconvergente) irá possuir 4 nós de processamento [como se
fossem 4 servidores de rede] com recursos de CPU & RAM, armazenamento e
rede dedicados, além de duas fontes de energia redundantes.
Cada um dos nós que compõem o
appliance terá a seguinte configuração:
- Dois processadores Intel E5-2620 v2 six-core
CPUs;
- 192GB
de RAM;
- Um dispositivo para boot do ESXI (32 GB SLC
SATADOM ou 146GB SAS 10K-RPM HDD);
- 3 discos SAS 10K RPM 1.2TB HDD para ser utilizado
pelo datastore da Virtual SAN;
- Um disco SSD de 400GB MLC enterprise-grade para
leitura/escrita de cache;
- Uma controladora de disco certificada para a
Virtual SAN;
- Duas portas 10GbE (podendo ser tanto 10GBase-T como
SFP+);
- Uma porta 1GbE IPMI para gerenciamento remoto (out-of-band);
Com a versão 1.0 do appliance
será possível combinar até 4 appliances, totalizando 16 hosts ESXi e 1 Virtual
SAN datastore, gerenciados por um único vCenter Server e uma instância do
EVO:RAIL. É o EVO:RAIL que trata da instalação, configuração e gerenciamento, o
que permite que a adição de capacidade computacional e expansão de um datastore
Virtual SAN sejam feitos automaticamente. Novos appliances são descobertos
automaticamente e a adicão destes ao cluster EVO:RAIL é feita facilmente
através de poucos cliques no mouse.
Componentes de Software
O software em si (EVO:RAIL) é
totalmente baseado nas tecnologias já conhecidas da VMware (VMware vSphere,
vCenter Server e Virtual SAN). A grande diferença está na sua Engine, que é
basicamente a interface de front-end construída sobre HTML5.
O EVO:RAIL é composto por:
- O software EVO:RAIL para
Instalação, Configuração e Gerenciamento;
- VMware vSphere Enterprise Plus;
- Virtual SAN;
- vCenter Server;
- vCenter Log Insight;
O EVO:RAIL é otimizado para
novos usuários VMware e também para administradores mais experientes. O fato de
exigir uma experiência mínima para realizar a instalação, a configuração e o
gerenciamento, permite que o EVO:RAIL seja utilizado em locais que possuem
equipes de TI limitadas ou até mesmo nenhuma equipe de TI no local.
Segue abaixo um vídeo com uma breve
demostração do EVO:RAIL:
Aqui você tem um link para
um FAQ sobre o EVO:RAIL.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
VMworld 2014 - vRealize Suite: nova plataforma para gerenciamento de nuvens híbridas
Uma outra novidade da VMworld 2014
foi o lançamento de uma nova platoforma para o gerenciamento de nuvens
híbridas, chamada de VMware vRealize Suite.
Segundo a VMware, a grande
adoção dos modelos de nuvem nos datacenters atuais não é completamente atendida
pelas ferramentas e processos de gerência tradicionais, uma vez que estes se
mostram isolados (falta integração entre os componentes), complexos e também não
oferecem o nível de automação que é exigido para atender aos negócios atuais.
Entendendo essa necessidade, a
VMware vRealize Suite se dispõe a oferecer uma plataforma para gerenciamento de
nuvens centralizada que funcione com ambientes heterogêneos e com nuvens híbridas.
Embora seja otimizado para trabalhar com ambientes VMware, a suíte pode prover
e gerenciar recursos de outras plataformas de virtualização como o Microsoft
Hyper-V e o Red Hat KVM. Essa experiência de gerenciamento unificado se extende ainda
para algumas nuvens externas como VMware vCloud Air e Amazon Web Services.
A VMware vRealize Suite possui
as seguintes capacidades:
Entrega de serviço sob demanda: fornecimento automatizado de
infraestrutura, aplicações e serviços de TI através de um portal self-service e
de um catálogo de serviços, entregues por meio de diferentes hypervisors,
nuvens privadas ou públicas.
Capacidade e otimização de recursos: permite que você faça o
correto dimensionamento dos recursos fornecidos, aumentando a utilização e
otimizando a carga sob os recursos locais ou de nuvens públicas;
Gerenciamento de desempenho e monitoramento: gerenciamento
inteligente de utilização desde aplicações até a parte de armazenamento,
passando por ambientes físicos, virtuais e nuvens externas. Possui uma
abordagem integrada de desempenho, capacidade, configuração, conformidade e
gerenciamento de log;
Medição de custos de serviço: análise do custo dos serviços
de infraestrutura, incluindo as taxas cobradas pelos serviços de nuvens
públicas. Permite medir o consumo para futuras cobranças.
Se você achou que já viu isso
anteriormente não está enganado, na verdade essa nova suíte é apenas a oferta
de produtos já existentes mas de uma maneira integrada. A VMware vRealize Suite
está disponível em duas versões diferentes. Abaixo você confere o que está
incluído em cada uma dessas versões:
vRealize Suite Advanced:
- VMware vCloud Automation Center Advanced
- vCenter Operations Management Suite Advanced
- vCenter Log Insight
- VMware IT Business Management Suite Standard
vRealize Suite Enterprise:
- VMware vCloud Automation Center Enterprise
- vCenter Operations Management Suite
Enterprise
- vCenter Log Insight
- IT Business Management Suite Standard
Uma dúvida que pode surgir é
se você deve optar pela VMware vCloud Suite ou pela VMware vRealize Suite.
Provavelmente a VMware já estava esperando por esse tipo de dúvida, por isso na
própria página dessa nova suíte existe a seguinte recomendação:
Resumindo, vCloud Suite é para aqueles que
querem construir e gerenciar uma nuvem privada baseada no VMware vSphere. A
vRealize Suite é para ambientes realmente grandes que já possuem uma nuvem
privada heterogênea (diferentes plataformas de virtualização) assim como fazem
uso também de nuvens públicas.
VMworld 2014 – O que há de novo no vSphere 6.0
Uma das coisas boas da VMworld
é que sempre temos novidades a respeito da plataforma de virtualização VMware
vSphere. Geralmente é quando é feito o lançamento de uma nova versão, porém este ano
isso não aconteceu. Ainda assim algumas sessões
que aconteceram por lá revelaram algumas das novidades que teremos no vSphere
6.0.
Abaixo vou listar algumas dessas novidades com links para artigos que
detalham melhor cada uma das funcionalidades (aqueles que tiverem interesse
recomendo dar uma lida porque tem muita informação interessante):
- VMware FT (Fault Tolerance)
com suporte para VM’s com até 4 vCPU;
- Melhorias na tecnologia de
vMotion: vMotion a longa distância irá suportar latência de até 100ms e também
será possível fazer vMotion entre vCenters diferentes;
- Virtual Volumes
- Virtual Data Center
- Content Library
- Com relação ao vCenter: O
vSphere Client para Windows ainda estará dísponivel na versão 6.0, melhorias de
desempenho no vSphere Web Client, o vCenter Server Appliance (VCSA) irá
suportar até 1000 hosts e 10000 VM’s e ainda suportará apenas o Oracle como banco
de dados externo;
Com certeza existem diversas
outras novidades que devem vir com o vSphere 6.0 mas que se encontram em NDA (acordo
para não divulgação) porque a solução ainda está em fase BETA. Inclusive o acesso
ao vSphere 6.0 BETA está aberto ao público, portanto se você tem interesse em
trabalhar com a solução antes do lançamento oficial, basta se registrar neste
link.
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